INTRODUÇÃO: Desde os primeiros tempos, o ser humano tende a viver em grupo e a estabelecer relações sociais, sendo a comunicação a base dessas interações. Com o tempo, utilizar a comunicação tornou-se uma estratégia terapêutica importante para promover um cuidado mais humano e integral, permitindo identificar e acolher as necessidades físicas, emocionais, sociais e espirituais de pacientes e familiares. Nos Cuidados Paliativos, manter uma comunicação clara, empática e constante entre a equipe de saúde, a família e o paciente são fundamentais para garantir a qualidade e a segurança da assistência. Para isso, é essencial preparar a equipe para conduzir o diálogo ao longo do processo de cuidado. Nessa perspectiva, conhecer os princípios da filosofia paliativista e aplicar a empatia em cada troca de mensagem são atitudes fundamentais nesse contexto. Portanto, transmitir informações em situações críticas exige o desenvolvimento de uma habilidade ética, prudente e indispensável. OBJETIVOS: O objetivo deste estudo é compreender como a comunicação clara e individualizada pode influenciar positivamente o cuidado a pacientes em cuidados paliativos, favorecendo o alívio do sofrimento, o fortalecimento do vínculo com a equipe de saúde e a preservação da dignidade e da qualidade de vida, mesmo diante da terminalidade.METÓDOS: Trata-se de uma revisão integrativa, metodologia que possibilita uma avaliação crítica e sistematizada de estudos prévios. Foram selecionados 10 artigos para a composição da amostra final. A estratégia de busca foi realizada nas seguintes bases de dados: BDENF, LILACS e MEDLINE. Como critérios de inclusão, foram considerados artigos disponíveis na íntegra, publicados nos últimos cinco anos, em língua portuguesa e que abordassem a temática da pesquisa. RESULTADOS: Na primeira busca, foram cruzados os descritores, resultando em publicações relacionadas ao tema. Após análise das 584 referências dos estudos incluídos, foram captados 20 artigos. Com base nos critérios de elegibilidade, 10 publicações foram excluídas, resultando em 10 artigos que foram lidos integralmente e incluídos no estudo. Os resultados indicam que a comunicação empática e ativa permite compreender as necessidades, os medos e os desejos dos pacientes e familiares, oferecendo suporte emocional e promovendo maior segurança durante o processo de adoecimento e finitude. Além disso, destaca-se que o preparo dos profissionais de enfermagem para lidar com situações de terminalidade ainda é limitado, o que reforça a necessidade de capacitação voltada ao desenvolvimento de habilidades comunicacionais. CONCLUSÃO: Diante dos achados desta revisão, conclui-se que a comunicação, quando orientada por empatia, clareza e sensibilidade, constitui um recurso essencial no cuidado a pacientes em situação de terminalidade. Nesse contexto, ela não apenas facilita a compreensão e o enfrentamento da doença, mas também fortalece o vínculo entre a equipe de saúde, o paciente e a família. Portanto, é imprescindível que a comunicação seja reconhecida como uma competência clínica prioritária nos cuidados paliativos, exigindo preparo técnico, escuta ativa e sensibilidade ética por parte dos profissionais envolvidos, a fim de promover um cuidado integral, digno e centrado na pessoa.
Comissão Organizadora
Jonathan Wedson da Silva
Vanessa Rayane
Vitor Silva Maia
Comissão Científica
Fernanda Claudia Miranda Amorim